Essa semana eu precisei ficar triste. Porque eu não curto brincar de contente. Eu busco a felicidade, mas é louco você querer dizer que tudo é bom o tempo inteiro. Não é. E eu chorei.
Tenho saudade da minha mãe, dos meus amigos, dos meus irmãos, de comer feijão e arroz, de ter almoço. De pegar o celular e ligar para um amigo e passar 20 minutos conversando a R$ 0,25. Dai que de repente quando você muda de mundo não tem mais uma série de coisas que eram tãoo normais. Falar português por exemplo. Dizer merda cara, filadaputa!!!!, caralho!? véio… PQP! foda. foda-se! caraaaca… ou simplesmente e ai guria como você tá? PQP… eu tenho saudade de ter um emprego!
Tenho saudade de demorar 5 minutos para buscar molho de tomate no mercado. E de comer comida salgada. Ter café com gosto de café. De ter creme de leite! De ter alguém para perguntar… como é que se faz mesmo?
Não estou jogando a toalha, não é vontade de voltar para o Brasil. É só, porraaaaaaaaa que difícil! E dai a gente chora. Ou ao menos, eu choro. Porque é normal estar triste. Ser triste é que é uma doença.
Estou oficialmente cansada. E vai ter chuva até o fim de semana.
A vida é dura. Mas é boa!