A Mari – do Mundo da Mari – pediu para que todos os exportados – como diria a Gy – tentassem fazer uma lista com dicas do que levar quando mudar de país. Difícil pacas responder, porque cada caso é um caso, mas dá para ajudar com algumas questões gerais, afinal eu sei bem como é isso dado que parti a pouco e também tive muitas dúvidas [aqui].
1. Casacos não, dinheiro sim. Se você vai mudar para uma cidade que faz frio é uma coisa, mas se você vai mudar para uma cidade em que neva… esqueça seus casacos. Sim, talvez em partes do outono e primavera você possa aproveitar alguma coisa, mas… se vai mudar para a Suécia por exemplo, que é um país de águas – muitos lagos e muiiiiiiita chuva – ou você traz um guarda chuva gigante, ou vai precisar de um excelente casaco para chuva. Agora que é outono em Göteborg, por exemplo, chove todo dia; ou durante o dia ou à noite. É certo que você não vai querer e/ou poder ficar em casa o inverno todo – mesmo que dê vontade – assim como é certo que também chove no Brasil, mas não temos chuva fria e com vento (a exceção de algumas cidades no sul, como Cascavel): em 2 minutos adeus guarda chuva e eis uma pessoa molhada e gelada. Se morar em uma cidade grande no Brasil talvez encontre casacos bons a prova de água e de vento mas vai custar caro. Então, que tal trazer o dinheiro do casaco e economizar espaço na mala?
2. Dicionário da língua. A maioria dos habitantes dos países europeus é apta para falar inglês, então se você fala inglês fica um pouco mais fácil. A questão é que os produtos de prateleiras dos mercados, por exemplo, não vão estar em inglês. Como é queijo em holandês? E leite em alemão? Isso é fácil… Nem sempre. Na prateleira do mercado sueco por exemplo, tem inúmeras embalagens de tetra park que parecem leite, mas não são – quem já comprou filmjölk acreditando ser mjölk? E na França não adianta falar inglês, são poucos os franceses que responderão (a menos que você tente imitar o sotaque e comece com excusez-moi? ou pardon?). Já li micos de gente que foi para um país de língua inglesa sabendo muito inglês e derepente se deu conta de que não sabia exatamente aquela palavra – como se fala absorvente em inglês? Eu tive um dicionário aqui desde o início e ajudou bastante.
3. Documentos traduzidos para o inglês. Para o caso de quem não vai chegar com contrato de trabalho acho que vale a pena trazer o diploma e histórico da graduação/pós traduzidos para o inglês. O Serviço Social não é regulamentado na Suécia e por isso não é tão complicado solicitar a validação ou o exame de equivalência referente ao curso, e a regra é a mesma para todas as profissões não regulamentadas. Quando eu estive no Arbetsfömedligen também solicitaram uma carta de referência do meu último trabalho – coisa que eu não tinha pensado – e essa pode ser até mesmo em português, porque o Arbetsförmedligen mesmo faz a tradução. Assim, depois que se rompe a barreira da língua dá para cursar uma complementação e procurar emprego na área de formação. Quem é pró em inglês – que pode encarar livros didáticos – pode fazer mesmo antes de aprender a língua sueca pois as universidades suecas oferecem cursos totalmente em inglês, também.
4. Permissão Internacional para Dirigir – PID. Essa eu esqueci completamente antes de sair do Brasil, e agora eu penso que poderia me ser imensamente útil. É claro que é preciso ter a carteira de habilitação nacional primeiro, mas se é esse o caso, a emissão da PID custa R$46,48 no Paraná, e com ela você pode dirigir por um ano na Suécia. Não estou absolutamente certa disso, mas quem me disse tem a carteira. Também não sei como funciona em outros países, mas pelo que entendi ao buscar informações a PID é válida pelo mesmo período da habilitação.
Bem, mas essas são apenas as minhas dicas. Para conferir a lista completa de todas as contribuições clique aqui. E boa mudança!!
Leva Cachaça também, aqui uma garrafa de Pitu de 700 ml custa mais de 50 reais.
CurtirCurtir
Traga seus jeans favoritos.Os jeans importados às vezes não caem bem no corpo das brasileiras.
Tragam as suas melhores sandálias plataformas, de salto alto. Pelo menos a dos EUA são caras e não tem conforto algum.
Traga a flexibilidade e uma mente aberta. Muitas pessoas saem do Brasil e esquecem de trazer isso na mala, na vida e no coração.
Deixe pra comprar roupas de frio no país em que vai ficar. É mais em conta.
Por enquanto é isso que lembro.
Bjos
CurtirCurtir
Ah, se couber na mala…. leva eu!
Eu penso que é tão difícil fazer isso…. pegar um avião e partir… pra sei lá quando voltar…
e é bonito pq é não só por aventura que se toma essa decisão mais também por confiança e amor.
Acreditar que vc é capaz de conseguir ficar longe de muitos e perto de tudo novo é f****… às vezes eu lembro de tudo o qu e vc já passou e penso que com certeza, hj vc é outra pessoa. Uma pessoa melhor, e mais legal( hduashdhsu) e o melhor de tudo é FELIZ!
E isso era tudo que eu pedia a Deus que acontecesse com vc …
que vc fosse feliz!
te amo!
CurtirCurtir