Dia 13 de abril completei um ano de Suécia.
E… é difícil definir. Não poderia escrever que tive o ano mais maravilhoso da minha vida na Suécia; nem tampouco afirmar que foi um ano de merda. Foi um ano de adaptação e acho que esses são períodos da vida especiais – como o primeiro ano de facul, o primeiro ano de casados, o primeiro ano em uma cidade nova, o primeiro ano em um emprego, o primeiro ano como mãe ou pai, o primeiro ano sem uma pessoa querida que morreu… Períodos de adaptação sempre trazem surpresas boas e más.
É claro que não me acostumei a ficar sem “o meu povo” mas acho que internet ajuda bastante, e como eu comentei aqui depois que a minha mãe e pai tem skype me sinto muito mais amparada. A gente conversa no mínimo uma vez na semana com vídeo então eu posso ver eles e eles me veem, sem falar que por não ter custos podemos conversar mais tempo.
Dizem que o primeiro ano junto com o parceiro é o mais difícil. Descontando os meses no coletivo – mudamos para o “nosso apê” em dezembro – eu e Joel temos 5 meses de estrada, e vai bem. Claro que eu tenho os meus pits de mulherzinha e que sendo o Joel o Sr. Organização acabamos criando situações hilárias. Hilárias sim: todos hão de convir que a maioria das briguinhas entre homens e mulheres são por coisas tão pequenas que chegam a ser hilárias; basta olhar um stand up pra perceber que a maioria das piadinhas são sobre relacionamentos. Mas graças ao fato de que o Joel tem um ótimo senso de humor e que eu não posso resistir a uma piada muitas vezes quando eriçamos o pelo ao menos um de nós tem o espírito de fazer graça a respeito, quebrando a tensão e estabelecendo a paz e a prosperidade para muitos minutos mais nesse lar. Que frase linda né? Eu sempre digo que se em quase 7 meses no coletivo dividindo um quarto (para nós dois e nossos egos) e a cozinha, sala e banheiros com mais 3 pessoas vivemos bem e não separamos então não será agora que temos praticamente 20 metros quadrados para cada que vai acontecer.
O que eu mais gosto em Göteborg: cinema, o spårvagn, pubs, a academia (que é muito chique e tudo cheira como novo – brasileiro adora coisas com cheiro de novas!), o mar tão perto e a arquitetura da cidade.
O que eu não gosto em Göteborg: chove demais, chove demais e chove demais. E quando chove faz frio!
A maior furada: a distância para o Brasil. Ô que me dá um treco não poder pegar um busão e dar um oi para todo mundo!
A maior tacada: o apê de 41 metros quadrados. É super fácil de limpar e ficou absolutamente lindo mobilhado com poucos móveis. Quem precisa mais?
Coisas que eu queria ter de volta: meus vestidos – to sempre de duas calças e blusa+blusa de manga+blusa quentinha+casaco; ou seja, empacotada – e bailão sertanejo.
Coisas que eu não quero de volta: meu trabalho na prefeitura. Sim, foi ótimo, estável, me deu muita experiência e um excelente salário a cada fim de mês; mas apenas quem é assistente social sabe o quando se paga por trabalhar em uma área que todo mundo quer usar como alavanca política.
Comida que mais sinto falta: churrascooooooo! Mas na verdade quando vejo minha irmã publicar no Face “hoje é dia de lasanha” ou “hoje é dia de nhoque” – como hoje – meus vermes se agitam. Sinto a maior falta de comida de mãe!
Comida que aprendi a gostar: indiana. Nunca tinha provado e acho o maior barato, além do que é a única comida “quente” que consigo botar goela abaixo sem sufocar.
O que eu quero a partir de agora: um emprego de segunda a sexta!
Maior desafio e sonho para o próximo ano: organizar meu casório!
Se eu pesar o que ganhei e o que perdi nesse período acho que a coisa fica empatada, mas o principal objetivo com essa mudança louca foi estar ao lado do homem mais lindo, generoso e super do mundo: Joel Abrahamssom, eu amo você. To imensamente satisfeita com esse aspecto da minha vida assim posso considerar que tenho obtido sucesso nessa empreitada.
Afinal de contas, logo me tornarei a Sra. Abrahamsson…
Parabéns pelo primeiro ano na Suécia! Eu estou aqui a pouco mais de uma semana e até o momento tudo tem sido bom. Estou ansiosa para começar no SFI ( mesmo ouvindo de muitos que essa não foi uma experiência muito agradável) e também conseguir meu primeiro emprego aqui e esse será um desafio e tanto pois a cidade que estou no momento é muito pequena.
Felicidades e boa sorte com os preparativos do casamento!!!
Abraços
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GRATTISS!!!!!!!!!!!!
Eu espero estar satisfeita daqui a 1 ano também.
E nada como humor com nossas próprias discurssões =) Rir de si: nem todos conseguem. É realmente muuuuito bom.
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Oi!
Meu nome é Daphne, e gostei bastante do Blog! Muito legal saber a realidade da vida na Suécia, não só as coisas boas, mas as dificuldades também…
Vou ir morar na Suécia, em Boras (relativamente perto de Gotenburgo) em setembro e já estou ansiosa hehehe.
Gostaria de saber se você tem alguma dica do que deve se levar para suécia, e o que devemos deixar para comprar aí? tipo roupas sapatos etc??
Um abraço,
Daphne Samios
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Oi Jozy!
Bem vinda a Suécia então! Qual a primeira impressão? Acho que SFI depende da escola e professor… você lê o blog da Maíra também não é? Às vezes a escola não é boa, e você tem a oportunidade de trocar se quiser. Eu estudei a noite e acho que tem uma enorme diferença. O problema/solução também é que estudei bastante por conta própria, dai que muitas vezes o que um monte de gente estava penando para aprender eu já tinha assimilado… coisa de ansiedade! Hehehe… boa sorte e tomara que seu SFI seja pró!
Quem sabe a gente se encontra?
Beijos
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Hallå Daphne!
Obrigada e seja bem vinda ao blog!
A Mari – do blog Mundo da Mari – fez um post sobre isso, o que é importante trazer na mudança. Eu acho que trouxe demais, se eu mudasse hoje traria muito mais jeans e calcinhas e do resto só minhas peças de roupa favoritas. Eu trouxe cerca de 15 vestidos quando mudei para cá – adoro usar vestido no Brasil – fim do ano dei eles todos para a irmã do Joel. Eu não consigo usar vestido aqui, não sou muito boa com acessórios, sempre rasgo as meias calças, passo frio… enfim o papo não era esse né? Eu trouxe três blusas de tricô que gostava muito e não me arrependo, foram e continuam sendo ótimas – tem gente até que diz: uau que linda! O que você acha da moda sueca? Se você gosta não encha muito as malas de roupas, traga alguns objetos queridos seus. Eu trouxe livros e dois quadros (para fotografias – nenhuma obra de arte), algumas outras coisinhas bem pessoais também.
Esse é o link para o post do blog da Mari:
Post 1:http://mundodamari.wordpress.com/2011/09/20/mudanca-o-que-levar/
Post 2:http://mundodamari.wordpress.com/?s=o+que+levar+na+mudan%C3%A7a
Tem uma moça que anda em contato comigo aqui pelo blog, o nome dela é Rúbia e também está mudando. Ela vai morar a 40km de Borås.
Espero ter ajudado,
Abraço!
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Obrigada pela resposta!! Já me deu uma luz!
Eu sou o tipo de pessoa que quer levar tudo comigo! Daí fica difícil….
Mas acho que até minha viagem já vou ter decido o que levar!
Abraços,
Daphne
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Grattis pelo seu primeiro ano de Suécia ! Garota, sentimos falta de muita coisa em comum… como churrasco, sol, vestidos, academia etc. Amo comida indiana tmb! Estou feliz por vc, é muito bom esse momento de preparacão do casamento! Aproveita! Bjos
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oi, meu nome e Cristina e tbm estou morando aqui em Goteborg.Ja tem algum tempo que leio seu glog,e voce tem me dado umas boas dicas sobre essa danada da lingua,rsrsrsrs oh coisa dificil heim! gostaria muito de ter mais contactor com vc…obg pelo blog. bjim
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Aloo!
Bem vinda ao blog Cris!
Legal você ter entrado em contato! No final das contas Göteborg está ficando pequena!
A gente se vê por aí,
bjos
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