Sueco como segunda língua

Falei que eu ia chegar lá, e quero explicar uma coisa: pelo tom dos posts que escrevo sobre estudar sueco na Suécia e pela quantidade de reclamações que envolve o assunto parece que não estou contente como a coisa caminha. Para não deixar ninguém na dúvida: NÃO ESTOU CONTENTE com a forma como a coisa caminha.

É ser chata? É, mas parece que tudo na Suécia que é voltado ao imigrante funcionando meio boca tá bom: Arbetsförmedlingen é maravilhoso pra uns e desgastante para outros, SFI e SAS uma enrolação… Eu sempre me lembro da Paula me dizendo que eu não devia espera muito do SFI – mas brasileiro é aquela coisa né? Sempre alimentando uma esperança de que, quando for a minha vez, vai dar certo! E…

…deu, de certo modo. Eu falo sueco, mas não graças ao SFI, tampouco o SAS ajudou alguma coisa. E mesmo sendo tão ruim eu continuo porque eu decidi que com o diploma de Sueco como Segunda Língua a coisa seria mais fácil. Não sei se é mesmo, tem alguém lá na frente (com diploma de SAS) que pode me confirmar isso?? É…?

A última foi que para começar o segundo semestre de estudos esse ano (ainda penso o ano letivo como o brasileiro) fiz a matrícula em maio para continuar na mesma escola que estudei todo meu sueco (ABF), mas as vagas lá acabaram e fui parar naquela escola esquisita que falou só das saídas de incêndio e da página deles na internet durante um encontro obrigatório em junho (mó legal). Na segunda tive a primeira aula e descobri o porquê da tamanha ênfase que eles deram no site deles: o curso é a distância. A professora disse que a presença nas aulas não é obrigatória desde que o aluno faça todos os exercícios de uma ferramenta na internet chamada “Novo” (passei as férias inteiras recebendo um chamado no meu e-mail porque eu não tinha preenchido meu perfil no “Novo”, até entrei em contato com a escola para então receber uma senha que nunca funcionou… pensa se meu curso de sueco dependesse disso? Estaria literalmente lascada).

Não que ache que curso a distância não presta, penso que tem muita gente que se esforça muito quando faz um curso a distância e realmente estuda, estuda até mais do que pessoas que estão em um curso presencial. Mas eu não vou discutir a qualidade do ensino a distância e os seus méritos e/ou funcionalidades, uma vez que só posso afirmar mesmo é que ensino a distância não dá certo para mim e que eu não tenho ganas de estudar se tô me sentindo sozinha no barco. Eu sou literalmente uma Maria vai com as outras e preciso de companhia para me sentir motivada: estudar sozinha não rola!

Desisti do curso na Hermods (a tal escola para qual fui agora) e fiz a matrícula de novo, não antes sem preencher um formulário de reclamações junto a Vuxenutbildning explicando que eu estava muito desapontada por ter de esperar até setembro para começar meu curso já que eu tinha feito matrícula em maio, mas que eu preferia deixar de estudar agora do que “frequentar” um curso a distância – o qual eu não tinha escolhido. Por causa dessa reclamação o pessoal da Vux me ligou e afirmou que deixaram de firmar contrato com a Hermods porque eu não sou a unica estudante que reclamou e que disse não ao curso a distância. Segundo a encarregada que entrou em contato comigo a Hermods deveria oferecer o curso presencial (além do curso a distância) para que os alunos que não escolheram a modalidade a distância possam frequentar aulas presenciais.

Agora minhas férias de sueco foram estendidas até 17 de setembro. O negócio é me focar no trabalho e tentar aprender o que posso lendo e estudando por conta própria (durante esse tempo). No fim das contas, dá na mesma, por um período.

Vamos ver quais serão as cenas do próximo capítulo dessa novela!