Em agosto pude assistir a uma chuva de estrelas cadentes: eu e Joel esperamos até as 00h de um domingo para nos deitar no chão próximo a um lago e contemplar um espetáculo de luz nos céus suecos. Claro que não era nada do tipo “fogos de artifícios”, com luz pipocando lá e cá por todo o céu – ainda mais porque o céu sueco no verão é bastante claro – mas em questão de uma hora eu pude contar cerca de 14 estrelas cadentes. Nunca havia visto tantas assim na minha vida!
Agora com um pouco de sorte poderei assistir a aurora boreal sem ter de viajar nem um pouquinho mais para o norte do mundo: astrônomos afirmam que neste ano poderá ser possível presenciar esse espetacular fenômeno mais ao sul do círculo polar ártico devido ao grande número de explosões solares.
Mas que conversa é essa? Estrelas cadentes? Aurora boreal? Penso que a maioria dos mortais que viveram em uma cidade da qual ainda é possível ver o céu tiveram o prazer de ver uma estrela cadente, fechar os olhos e fazer um pedido. Tudo bem que isso é crendice, mas e por que não? Eu não fechei os olhos para fazer pedidos naquela noite de agosto por puro medo de perder a próxima estrelinha que riscaria o céu…
Já a aurora boreal é uma coisa ainda mais exclusiva: acontece somente próxima ao círculo polar ártico, sendo que o fenômeno também pode ser visto próximo ao círculo polar antártico (mas daí recebe o nome de aurora austral). O fenômeno em si tem o nome de aurora polar ou norrsken (luzes do norte – numa tradução livre) em sueco; e é provocado (segundo o Wikipédia – artigo aqui) pelo impacto do vento solar e de partículas espaciais com a atmosfera da Terra. O fato de esse fenômeno se dar apenas nos pólos é que as tais partículas são atraída pelo campo magnético da Terra.
Na mitologia nórdica acreditava-se que a aurora boreal era um facho de luz derramado pela armadura das Valquírias:
As Valquírias são virgens da guerra, montadas em cavalos e armadas com elmos e lanças. /…/ Quando elas cavalgam adiante em sua mensagem, suas armaduras derramam uma luz estranha que bruxuleia, que acende por cima dos céus do norte, fazendo o que os homens chamam “aurora borealis”, ou “Luzes do Norte”
by Thomas Bulfinch
Quem me contou da novidade foi a minha futura sogra, e achei mais do que lindo o relato que ela me fez de quando assistiu o espetáculo das luzes “dançando no céu”. A aurora polar pode se apresentar de diversas formas e cores, e acho que assim como o arco íris pode apresentar as cores mais ou menos fortes dependendo da ocasião. Algumas pessoas veem as cores serpenteando o céu, outras veem como que uma cortina em movimento…
Eu que sempre tive vontade de ir para o norte sueco apenas para poder contemplar a aurora boreal fiquei super entusiasmada em pensar que talvez tenha a oportunidade de presenciar o espetáculo por aqui mesmo!
O melhor de tudo é que o fenômeno não está necessariamente relacionado a uma aurora… ou seja, as luzes do norte não aparecem apenas quando o sol está para nascer (ainda mais porque dentro do círculo polar o sol pode demorar seis meses para aparecer de novo!). Infelizmente não há garantia de quando e como o fenômeno vai acontecer, mas eu decidi ficar alerta e até o final de outubro ficar de olho no céu.
Quem sabe eu não tenha uma surpresa?
Ôôô novidade inquietante! Fico à espera! De olhos no céu! :D
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E não é? Eu to me coçando por aqui…
Meu problema é que não aguento muito tempo fora de casa… a menos que eu pegar (já) meu casaco de inverno!
Ôôô exagero!!! haha!
Beijos!
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Morro de vontade de ver, sabia?! Já vi cada foto tão linda na internet.
Ai será que consigo ficar de butuca no céu?! Ando tão preguiçosa que acho que não vou conseguir. :-(
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As fotos são lindas, os vídeos são espetaculares e é tão fascinante conversar com alguém que já viu! Nosso problema, Vânia, é que o céu de Göteborg vive escondido atrás das nuvens de chuva! Daí temos que ter uma baita teimosia: lutar contra a preguiça, o frio e o tempo nublado!
Beijos!
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