O post não vai ter nada a ver com aquele filme sobre a guerra do Vietnã mas sinto que eu to precisando de um “bom dia” cheio de energia todas as manhãs para enfrentar o baque de sair do Brasil ensolarado e voltar para a Suécia cinza. Quer dizer, Göteborg cinza. Não para de chover, ainda está escuro as 8 da manhã e já volta escurecer as 16 e, dentro de casa é preciso uma luz ligada o dia inteiro…
Apesar de chegar na terça e dormir muito ainda estou cansada; to me arrastando para fora da cama e simplesmente correndo de volta para ela – assim que dá. Bom é que eu esqueci meu livro do curso de sueco (aqui) e então dois textos que eu deveria ter feito lá no Brasil ficaram atrasados… Além disso deveria ter lido um livro… Não sei porque mas eu acreditei que levaria isso a sério nas férias e como não aconteceu, agora é sebo nas canelas!
Apesar dos pesares é legal voltar, encontrar a família sueca e a galera daqui. Sem falar que eu preciso por em marcha a minha busca por um emprego como assistente social, ou simplesmente um estágio, aquela coisa que a gente conhece como pratik. Já me avisaram que é muito difícil de encontrar essas coisas na minha área, mas tudo o que me disseram é que seria muito difícil morar na Suécia, por causa do frio e da escuridão, que seria difícil aprender a língua – e eu to falando, mal e errado, mas falando – que seria difícil ter um emprego – e eu tenho dois!
Difícil mesmo foi sair do Brasil dessa vez… foi aquele chororô… E fiquei com um sentimento muito estranho pois parece que quanto mais vezes eu viajo para lá, mais perto fica. Claro que nãooooo fica mais perto, mas apesar de toda aquela correria de aeroporto e de ficar com a bunda quadrada de tanto ficar sentada – ora na aeronave, ora na sala de embarque – parece que é logo ali. 24 horas não é bem ali, mas… quando eu penso nas duas primeiras vezes que viajei, como essas 24 horas pareceram longas!
Talvez o fato de eu ter viajado com companhia pela primeira vez tenha feito tudo diferente. É, das outras vezes sempre estava sozinha, eu e meu livro (ahá, se tivesse ido sem o Joel teria feito a minha lição! =P), então era apenas aguardar ansiosamente a chegada – tanto do lado de lá como do lado de cá. Infelizmente, apesar da “viagem ficar mais curta” ela ainda não ficou mais barata e ainda não dá para dar um pulo na mãe uma vês por mês.
Bom, pela primeira vez extraviaram a minha mala e eu to ficando sueca gente, sério, porque primeiro que me disseram que tô com sotaque e segundo que me deu uma raiva da desorganização esquisita que nós, brasileiros, suportamos no dia a dia. Além de ter que resgatar a bagagem em São Paulo quando fomos ao Brasil (mesmo sem ter nada para declarar) e depois ter de despachar a bagagem de novo até Foz, na volta o pessoal da Gol não podia nos dar os bilhetes de embarque para todos os voos. E nem na Air France nos deram o bilhete do ultimo trecho (Paris-Gotemburgo). Foi um saco ter que ficar comparecendo ao guichê da companhia a cada parada, pensa no trabalho: três voos, duas conexões (que estavam meio apertadas, menos de 2 horas entre os voos) e a cada uma das etapas ter de explicar que sim, eu e o Joel estávamos viajando juntos e que é, a gente tinha só uma mala, e que não sei porque não recebemos os bilhetes lá atrás, podem nos dar os bilhetes agora, please?
To ficando sueca mesmo porque olha só o naipe das minhas reclamações! Vamos falar das coisa bonitas então…
Göteborg está cheia de luzes para o Natal e todas as lojas já exibem a decoração típica. O mercado está cheio de comizanhas de Natal e eu já comprei um “queijo de Natal” – que não é muito saboroso, mas eu queria experimentar – e hoje eu comprei um chá de Natal – que vem com canela e gengibre. Falando nisso, eu tenho que fazer alguma coisa quente para mim tomar porque os aquecedores aqui em casa ainda não foram ligados e está um pouco “fresco” demais!
E tem o livro, os textos para o curso de sueco… fui!