Assentando a poeira

Depois das férias no Brasil, volto para a casa com aquele sentimento de perdi alguma coisa e não sei o quê.

Me irrito fácil com as pessoas daqui. Primeiro, que tô cansada de ouvir outros brasileiros repetirem para mim que o Brasil é ótimo para passar as férias. Sério, vou ser mau educada agora: engulam suas palavras. Eu gosto realmente do Brasil como país, não estou de boa largada na praia curtindo água de coco (adivinhem se eu não tive que consultar o pai dos burros para ver como é que se escreve coco – do coqueiro?) para dar um tempo da minha vida badalada na Europa. Vou para casa curtir minha família, meus amigos e todos os eventuais problemas que isso represente. É certo que não estou trabalhando, não estou estudando e não estou sendo cobrada de nenhuma responsabilidade. Mas todo o mundo ao meu redor está. Ou vocês acham que eu passo um mês no Brasil e enquanto isso todo mundo está de férias comigo? É certo que vou para uma cidade pequena, mas ninguém faz uma parada e é decretado ponto facultativo porque a Maria Helena chegou não. A vida continua, e eu vou acompanhando do jeito que dá aqueles que eu amo. Acho um saco gente que fica me tratando como se eu fosse alienada só porque eu moro no interior – tão bonitinha ela, tão ingênua… – porque eu tô feliz de ter ficado na roça, no Brasil – o pior país do mundo segundo os brasileiros. E antes que algum leitor fique achando que é indireta, eu explico: meus queridos leitores, eu não vos conheço, e vocês não me conhecem. Se alguém achar que eu sou uma alienada, está ok porque eu só estou escrevendo sobre uma parte de mim aqui.

Falando nisso, eu acho que quero morar no Brasil se algum dia eu ficar grávida de novo. Em duas semanas já me tornei o barrigão invisível aos olhos do país super organizado e progressista Suécia. É verdade, eu sou uma pessoa carente que precisa muito de atenção, afirmação e bajulação 24 horas por dia. Meu marido tem que trabalhar então essa bajulação tem que vir de algum outro canto quando ele não está comigo e adivinhem? Meu estoque de “sinta-se o máximo por causa da gravidez” já está quase no fim. Sorte minha que conheço uma sueca louca por crianças (que amou estar grávida e que acha a experiência da maternidade a coisa mais sublime do mundo) e um par de brasileiras porretas que ficam me amaciando via whatsapp e facebook. Eu quero tanto falar sobre fraldas, parto e o carrinho que a gente comprou para o bebê. E a reforma que está quase pronta e aí finalmente vou poder montar o quarto. Mas é só eu adentrar esse assunto que a coisa já muda para a crise na Ucrânia, estupro coletivo de mulheres, o racismo, as eleições para o Parlamento Europeu. Quer saber? Eu também uma vontade enorme de gritar histericamente com essas pessoas. Eu estou grávida apenas por 9 meses. Eu quero compartilhar esse momento – que está sendo tão bacana para mim – falar dos meus medos, dos meus receios e das minhas escolhas. Mas não tem ninguém para escutar porque isso é secundário. O resto é mais importante.

Merda não é. E é por isso que tem tanta gestante achando uma bosta ficar grávida. Você se torna um saco enorme de peidos que vai inflando e inflando – tanto por causa das reviravoltas intestinais como hormonais, somada ao crescimento do bebê – que apesar de tudo é invisível. Eu sei que tem um monte de gente que está tentando desmitificar essa coisa de que “ser mãe é padecer no paraíso” e esse é um movimento importante. Mas porque é que a gente tem que transformar a gestação em uma merda e todo mundo tem que entrar no clube do “ser mãe é um mal necessário”? Eu não me importo de que passem a mão na minha barriga, o corpo é meu mas eu vejo isso como carinho e não invasão. E se alguém vier com algum conselho furado eu vou sorrir e dizer obrigada. Não preciso ficar indignada e já ajuntar cinco pedras na mão “porque as pessoas acham que tem o direito de se meter na minha vida porque estou grávida e não é bem assim”. Não é bem assim mesmo! Por que o mundo se tornou tão ranzinza e ninguém pode curtir um pouco  a vida?

Lá na minha cidade do interior eu fiz isso. Nada de Putin. Nada de grandes conflitos mundiais ou crises sociais. Só a vida mesmo como ela é, e principalmente, a vida que vem crescendo em mim como centro das atenções. Nada mal para uma pessoa carente não acham?

E para mudar o foco um pouco da coisa – mas não muito – eu não me conformo com o gosto da comida  nesse país. Acho que quem mora em cidade grande no Brasil sinta o mesmo que eu – ou não, e as feiras ao ar livre tenham muitas opções de comida boa – mas eu fico triste de tentar fazer comida às vezes. E o pão já me dá nojo e o café também. Pra quem acordava as seis da matina todo dia por causa do cheiro maravilhoso de café recém passado na cozinha, to na miséria do iogurte, suco e algumas frutas – maçãs aqui tem um gosto bom. Feijão e arroz funcionam bem também – viva o feijão nosso de cada dia. Mas saladas, carnes e verduras – em geral tudo que é muito gostoso quando é fresco – tem um gosto estranho. E me desanima. Se ao menos comer não fosse tão importante para mim. E não é só agora que estou grávida, sempre foi; mas comida aqui tem gosto de papel.

Tudo culpa da minha mãe, que é a melhor cozinheira do mundo. Saudades de comida caseira de verdade…

 

 

14 comentários sobre “Assentando a poeira

  1. Ah! minha querida Maria, como todo mundo te chama carinhosamente; eu as vezes me sinto assim também. Tenho saudades enormes do Brasil.
    Das risadas com meus amigos, da comida gostosa e cheirosa do Brasil, da fartura de folhas e frutas e por incrível que pareça, tenho ate saudades dos meus vizinhos barulhentos conversando alto no elevador ( rsrsrs)
    Tem dias que eu estou assim como você. ( e eu nem estou gravida)
    Às vezes fico tão desapontada, porque o Eilert não curte ouvir música como eu ( e eu gosto de todo tipo de músicas) Se a música é doce aos meus ouvidos; gosto de ouvir bem audível( explicando: som la nas alturas. Eu sei que é falta de educação ouvir musica em tom muito alto, e que faz mal para os ouvidos.) Mas a música em alto volume penetra no meu espírito me dando uma sensação de paz e felicidade. E tambem não tenho vizinhos morando perto de mim.
    Eu me ponho a pensar alguma vezes: Porque nao valorizar o riso solto sem preocupação se alguém vai criticar ou não, porque não abraçar mais as pessoas e lhes dizer que elas são muito especiais e que nós a amamos e queremos ter contato com elas. Porque ficar fechado dentro de casa, só porque é vinter, mas e se fizéssemos do inverno algo alegre e mais caloroso.
    Às vezes nao entendo porque as pessoas aqui não gastam tempo em serem menos educadas, menos ranzinza, menos fechadas.
    Mas é o que sempre digo para mim mesmo: Só vamos realmente entender oque o Brasil significa para nós, quando vamos morar em outro país.

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  2. Rs este post foi engraçado. Já cheguei a ouvir música no apartamento, e a ficar preocupada com o volume do som, depois de horas pintando é que eu percebi ter passado o dia escutando música, bom, ninguém foi reclamar para o Mathias, vai ver ñ estava tão alto assim. E quanto a gravidez, nem todo mundo responde da mesma maneira a uma gravidez. Umas gostam de atenção e outras ñ, e quem ñ gosta de atenção dificilmente lhe dará atenção, o negócio é fazer o que você tem feito agora, conversar com quem entende este seu momento. Bjão!

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  3. Como me disse uma vez um querido amigo que mora por ai: Aqui é bom , mas é ruim
    Ai é ruim mas é bom……
    Resumindo nós humanos sempre teremos algo a desejar, questionar….. senão, penso eu, perdemos a essência de nossa humanidade.
    Mil beijos pra você e pro bb

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  4. Adorei seu post, foi um desabafo importante e acho que vc tem direito de escrever tudo o que está sentido de verdade pelo simples fato de ser verdadeiro. Concordo com vc e acho o povo daqui da Suécia bem frio e distante principalmente quando se trata de sentimentos. Ah pode deixar que, se depender da sua amiga brasileira aqui vc será bajulada sim e seu Benjamin muito bem paparicado hahaha…..Vamos nos ver noamente logo, quem sabe um churras agora que o tempo está esquentando hã? bj e se cuida!

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  5. Oh! Maria Helena, se eu estivesse aí carregava você no colinho pra todo o lado só pra mostrar a linda barriguinha para a Suécia inteira. Mostrar que o tempero desse brasileirinho que vai nascer chama-se carinho e precisa já ir treinando agora. Quando precisar de satisfazer seu ego, venha aqui porque eu adoro criança e a cada evolução sua vou achar sempre lindo ( e acho mesmo!). Eu acho a coisa mais linda do mundo uma mulher poder gerar um ser humano, colocar no mundo, educar, …, é muito lindo isso!
    Deus a abençoe Maria Helena.
    Um abraço grande,
    Tio Manoel

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  6. Aii é difícil essa saudade da família, ainda mais grávida!
    Antes de ter minha filha já tinha ouvido essa frase de que “ser mãe é padecer no paraíso”, hoje em dia em alguns momentos eu me recordo fortemente dela…..ai como é difícil e como é prazeroso, coisa estranha sabe?!
    Curta bastante essa momento, é tão bom, tão curto e eles crescem tão rápido!
    Nos conte mais sobre esse baby!!
    Bj

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  7. Maria, querida. Com que tipo de suecos voce está se relacionando? Digo isso porque a maioria dos suecos que eu conheco e que sou obrigada a conviver só sabem falar de filhos, gravidez, parto, carrinho de bebe etc,etc. A sociedade sueca é menos sentimental quando o assunto é gravidez, é verdade, mas ainda sim eu conheco muitos suecos que sao entusiasmados pelo assunto. Em relacao ao seu post passado, eu entendi que na sua opiniao os brasileiros tendem a ostentar coisas materiais mais do que os suecos (me corrija se eu entendi errado). Eu concordo com voce de uma forma geral, porém eu conheco muitos suecos que pegam empréstimos pra comprar carros, roupas, se matam pra pagar a prestacao de casas, tudo em nome do “status”. Sem contar os insuportáveis que só sabem se gabar (att skryta), muitos suecos com quem eu convivo sao assim. Vamos trocar de círculo social, que tal? Brincadeira querida. Curta a sua gravidez e procure estar em compania de pessoas que estejam passando por essa mesma fase (mulheres que tem filhos, outras gravidas, etc). Imagino que estar grávida pela primeira vez longe da sua família e sem muitas pessoas com quem trocar experiencias/informacoes deve ser meio chato. Bj.

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  8. Sabia Maria… eu respeito e admiro a forma como você relata os pontos positivos do nosso país. Mas eu também respeito as pessoas que dizem que o Brasil é para passar férias, até porque, cada tem sua personalidade e gosto pessoal. Algumas pessoas simplesmente se encontram mais morando fora do Brasil.
    Sabe, meus avós eram estrangeiros e eu percebo que eles viveram e morreram no Brasil sem deixarem de gostar do país de origem. Ao mesmo tempo, eles gostavam do Brasil. Foi uma questão de opcao, de situação, de condição.
    Enfim… O mundo está cada vez mais misturado e vejo que morar em outro país é uma experiência que muita gente vem testando. E aí, acontece de um estrangeiro gostar de viver em outro país. Às vezes, esse estrangeiro gosta mais de viver do país estranho do que de seu próprio país. Isso é muito pessoal…. não dá para prever…

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  9. Oi Maria, tudo bem?
    Eu concordo com o comentario da leitora acima. Eu acho que o Brasil e um pais maravilhoso para passar ferias, e nao so para os brasileiros, mas em geral. Meu namorado, por exemplo, e de Alingsås e ele disse que nunca tiraria ferias pra visitar a sua cidade natal, caso morasse em outro pais. Ele ja morou em outro pais e nao o fez. Ja o Brasil, se bobear, ele que ir mais do que eu. Eu entendo que vida das pessoas que vc vai visitar nao para porque vc chegou, mas eu acho que o que as pessoas dizem e que la e legal pra conciliar a visita aos familiares, amigos e curtir ferias.
    Quanto a sua gravidez, acho que vc pode ser pratica e partilhar so com quem aprecia e “ignorar” quem nao gosta. Ha pessoas que nao gostam de criancas e ha mulheres que ficam um porre depois de ter filhos, eu ja fui obrigada a ouvir dialogos sobre “o estado das fezes” do filho de alguem, em pleno escritorio, como se fosse um assunto agradavel e de interesse publico. Ai relamente, ng merece!
    Beijos pro trio ternura!!

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  10. Eita mulher, que tu colocaste tudo pra fora nesse post! Faz bem.
    Ai Maria… Nem sei o que dizer, pq eu sou a mais alienada e superfula de todas… Hahahaha… Eu bem sei disso. Mas eu amo mesmo esse mundinho de mãe, baby, enxoval.. E a minha cara!
    Concordo que o Brasil näo é apenas férias, muito mais que isso… Ah sim… Muito mais, mas por enquanto não penso em voltar tão cedo, especialmente depois de ter tido filhos.

    Tô esperando sua visita, sua caixa tem aumentado aqui. Bom que você leva tudo e eu me sinto bem de ter ajudado alguém. Se precisar de alguma coisa, fala!

    Bjo

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  11. Concordo e muito com você. Mas sabes que a imprensa daqui é partidária, com seu viés direitista ultraconservador. Mesmo que o governo federal faça algo muito bom, isso não ganhará destaque. Portanto, se você for se informar apenas por veículos como Globo, Veja e Folha, vai ficar achando que estamos em Estado de Sítio. rsrsrs Aí, é comum as “bolsas” e isso faz diferença para a estabilidade do país, como aqui. Porém, como você bem disse, muitos hipócritas criticam o Bolsa Família, sendo que estão OSTENTANDO sua riqueza conseguida nos anos de governo de esquerda. Aqui, eles ficaram conhecidos como COXINHAS. rsrsrs

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  12. E vamos nós!

    Grace,
    Acho que tenho saudade de me sentir livre e ter um papel definido em sociedade. Aqui ainda não sei quem sou e o que serei… minha identidade ainda está acoplada a “esposa do Sr. Abrahamsson”. Liberdade de ouvir música, de rir alto, de falar em português no ônibus sem receber olhares críticos de volta… mas me falta essa coragem de “cagar e andar para os outros”. E sim: a gente só entende o que tem, quando não tem mais.

    ****
    Kate,
    É verdade, muitas mulheres tem uma gravidez difícil. Mas por que fazer da gravidez, além de um momento difícil, algo chato? Acho que talvez esteja com expectativas muito altas a respeito dos outros…

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    Paulo,
    Eu leio muito, adoro ler. E agora tenho lido principalmente blogs. Tudo relacionado à gravidez e tornar-se mãe. Eu como letras…

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    Paula!
    Obrigada!

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    Aparecida…
    É isso mesmo. Estamos num eterno descontentamento. E apesar da controvérsia, é isso que nos leva para frente não é? Se não questionamos…

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    Gerusa!
    Gostaria muito de tê-los aqui em casa para um churrasquinho. Temos que combinar!!

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    Manoel,
    Dá para você mandar um pouco desse pó de simpatia pelo correio? Vou espalhar sobre umas pessoas cascudas que conheço! Quem sabe eles ficam um pouco mais doces?

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    Bruna!
    Eu acredito que há romantismo em ser mãe. É padecer no paraíso também. Mas não só… e por isso mesmo acredito também que há pessoas que não nasceram para a maternidade/paternidade. No fim da contas, elas precisam justificar tanto essa falta de entusiasmo que se tornam chatas! Principalmente para a gente que está curtindo o momento. Coisas de se viver em sociedade… eu não sei ainda o que vou partilhar a respeito do Benjamin. A escolha de ter um blog é minha, e eu sei exatamente até onde vai a minha privacidade. Mas não sei como ele se sentiria a respeito no futuro… estou avaliando.

    ****
    Hahahaha! Gabi!
    Acho que precisamos trocar de círculos sim. :P Também conheço suecos que gastam horrores em coisas de marca – não fosse por isso lojas como a åhléns não seriam um super sucesso por aqui. Mas eles são a minoria, no meu círculo, e há uma luta muito grande contra a ostentação (no meio das pessoas com as quais me relaciono). Já encontrei estes entusiastas pela maternidade/paternidade de que você fala, mas isso foi em outros carnavais. Além disso, o que sinto é que essas pessoas estão mais fadadas ao discurso (tipo, porque escolheram isso para os filhos e porque essa é a melhor coisa do mundo) do que ao diálogo.Isso é chato. Quero pessoas com quem me relacionar e não para me ensinar o tempo inteiro… no final das contas, acho que fui eu que coloquei expectativas furadas em muitas coisas…

    ****
    Cíntia,
    Também entendo, e posso respeitar, desde que esse povo do “odeio o Brasil e tudo que ele representa” me respeite como uma pessoa com opinião também. E com uma opinião que, apesar de contrária, tem fundamento. Tenho amigos que nunca voltariam para o Brasil, e nem por isso ficam me olhando com dó quando eu falo dos meus sonhos. Encheu… fiquei p. e deu nisso. :)

    ****
    Carioca,
    Pois é, o mesmo que falei para a Cíntia. Quando nos encontramos, conversamos sobre isso lembra? Não acho que você desrespeita meu ponto de vista, e eu concordo em partes com o seu, uma vez que nunca morei em cidades grandes brasileiras e por isso mesmo tenho só uma ideia da realidade… mas, trocando de gatos para malas, já passei umas saias justas como esse caso da cor do cocô do bebê. Eu tento me frear um pouco para não falar apenas de coisas de criança, justamente porque eu entendo que tem gente que não está afim. O problema é que no meu círculo brasileiro toda mulher adora um papo sobre criança, tem dicas, histórias engraçadas e QUER falar sobre isso. Já aqui tem muito mais gente que NÃO QUER. Me frustro por causa de expectativas bobas…

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    Deby!
    Sabe que até pensei que não ficaria muito deslumbrada com essa coisa de ser mãe? Que boba eu era… agora estou aqui uma babona, fazendo coisas e mais coisas para meu fofinho… é bom demais da conta né?

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    Marlon (ufa!)
    Olha, até entendo essa coisa de direita-esquerda e as discussões sócio políticas que permeiam o cenário brasileiro. Só não entendo essa falta de amor a pátria. E não estou pregando amor a bandeira: nacionalismo é uma merda. Estou só falando mesmo dessa coisa de todo mundo curtir e compartilhar frases como “eu tenho vergonha de ser brasileiro”. Tá e por quê? Por que não pode sentir vergonha? Não, eu acho que a gente tem que sentir vergonha sim. Sentir vergonha e nos incomodar. Agora, você pode sentir vergonha eternamente e se botar num papel de vítima, ou sentir vergonha e partir para a ação. E essa segunda opção… bom, tá em falta nos dias atuais. Se é porque a internet está poluída de conservadores (assim como a mídia tradicional), não sei. Só sei que essa é a imagem que me passa…

    Abraços povo

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