Diário Caipira-58

Acho que a vida na Suécia mudou bastante por conta da pandemia. Não foi nada radical como o que aconteceu durante o período de confinamento na Itália. Mas, só pra citar um exemplo: essa semana recebi um e-mail da companhia de transporte coletivo aqui da região (västtrafik) onde a empresa pede as pessoas que não usem transporte público se não for por motivos profissionais. Um e-mail no tom “fique em casa, pelo bem de todos” quando o normal era o contrário.

Eu cheguei a conclusão de que a estratégia sueca primária não era salvar vidas; ao menos não diretamente. Essa é uma opinião simplesmente baseada no achismo e não vale para usar como nada além disso mesmo: um achismo. Todas as vezes que ouço a coletiva de imprensa da Agência Nacional de Saúde Pública se fala da estratégia sueca de enfrentamento ao Covid-19 como se o mais importante durante todo esse tempo tivesse sido administrar o número de casos graves de modo que o sistema de saúde não entrasse em colapso.

Obviamente um sistema em colapso faria com que o número de mortos fosse ainda maior do que é. Eu estou assim com essa impressão de que a idéia era: preservamos o sistema de saúde e o número de mortes será controlável. Mas não foi. E a Folkhälsomyndigheten está até agora sem entender quem foi o caminhão que passou por cima deles.

Ao mesmo tempo, o chefe da agência de saúde virou tipo uma estrela. Tem gente que tatuou o rosto dele. É. Eu sei. Bizarro.

Essa semana não estou muito confiante na estratégia sueca de contenção.

Agora vamos prosear!

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