Hoje foi dia de festa do lagostim, ou melhor, da nossa versão da festa do lagostim adaptada aos tempos de corona. Temos uma tradição desde 2017 de celebrar a festa do lagostim com alguns casais de amigos que tem crianças na mesma faixa etária das nossas crianças.
Sempre celebramos a festa do lagostim ao nosso modo por dois motivos: como o lagostim da festa é servido inteiro a gente tem que descascar o bicho. Imagine o trampo que é descascar lagostim e comer. Agora imagine isso ao mesmo tempo que tu tem de dar comida as crias. Também por causa das crianças fica proibido o consumo exagerado de bebida e não rolam “snaps”.
Devido ao corona não pudemos encontrar o mesmo número de amigos que normalmente faziam parte da “nossa festa”. É um pouco triste pois eu gostaria de rever todo mundo. A cada ano que se passava aumentava o número de crianças e a mesa tinha de ficar mais comprida. Dessa vez o efeito foi contrário… nem fizemos a celebração lá em casa, pois queríamos um local ao ar livre.
O tempo colaborou, lutamos para comer 20g de carne de lagostim e pão com queijo e salada. Vou esperar que no ano que vem possamos fazer a festa do lagostim como era antes.
PS.: eu nem gosto de lagostim. Mas sempre como na festa do lagostim só por causa do ritual de sentar e ficar preparando um sanduba de lagostim enquanto todo mundo conversa e fica quebrando as cascas do bicho.
PS2. Cascas de lagostim fedem violentamente. Minha dica é (se você mora em uma casa) enterrar no quintal ou congelar até o dia em que o lixeiro passa. A gente fez a besteira de jogar o trem no lixo depois da festa em 2017 e já no dia seguinte a lata de lixo fedia terrivelmente. Também tivemos a infelicidade de que alguém jogasse uma parte dos restos na lata de lixo errada… Essa lata era recolhida a cada duas semanas pelo serviço de coleta de lixo. Mas bastaram cinco dias para que o fedor fosse insuportável: tive que abrir a lata, revirar o lixo e enterrar os restos de lagostim que já estavam em decomposição.